Lofoscopia
A Lofoscopia é a área que se dedica-se estuda os desenhos das extremidades digitais, das palmas das mãos e das plantas dos pés. Esta ciência divide-se em três áreas:
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Dactiloscopia – estuda os desenhos das cristas dermopapilares dos dedos das mãos
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Quiroscopia - estuda os desenhos dermopapilares das palmas das mãos
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Pelmatoscopia - estuda os desenhos dermopapilares das plantas dos pés
Esta ciência permite a identificação de indivíduos, tendo por base três princípios que tronam cada impressão única:
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Perenidade
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Este princípio afirma que pelo sexto mês de gestação, um ser humano, já tem as suas impressões digitais completamente formadas
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Imutabilidade
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Neste caso, fica garantido que depois de formadas, e durante toda a vida de um individuo, as suas impressões digitais não se alteram, exceptuando na eventualidade de queimaduras, cortes que deixem cicatris ou doenças de pele que possam danificá-las
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Diversidade.
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Desta forma é possível garantir que não existem impressões digitais iguais, nem entre indivíduos, mesmo no caso de gémeos verdadeiros, nem entre os dedos, palmas das mãos e plantas dos pés, de um mesmo individuo
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Estes princípios fazem das impressões digitais uma característica identificadora de cada indivíduo, quase como uma assinatura pessoal. Tornam-se assim uma ferramenta muito útil na identificação dos autores de um crime, e até na clarificação do ocorrido num local de crime, ou exclusão de suspeitos.
Num local de crime podem ser encontrados vários tipos de impressões digitais, em relação ao sítio ou objecto em que foram encontradas. Estas podem ser de três tipos:
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Moldadas
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Calcadas em qualquer tipo de material maleável
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Impressas
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Marcadas em qualquer superfície através da transferência de, por exemplo, tinta ou sangue
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Latentes
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Resultado da transferência do suor do individuo que as deixou para trás. Estas têm ainda a característica de serem invisíveis
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É muito importante ter cuidado na determinação da técnica que se vai usar aquando da recolha das impressões digitais pois esta tem de ser eficiente e, acima de tudo não pode destruir a integridade do vestígio.
A análise dactiloscópica posterior à recolha do vestígio, classifica as impressões digitais, com base no sistema de Oloriz, pela presença de dactilogramas que possuam os três sistemas de cristas, bem como consoante a ausência, presença, número e localização dos deltas.
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Adélticos
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Sem delta
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Monodélticos
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Dextrodelta (à direita)
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Sinistrodelta (à esquerda)
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Vertículos ou polidélticos
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Dois ou mais deltas
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As impressões digitais recolhidas do local de um crime poderão ser procuradas no AFIS, tentando desta forma associá-las a determinado indivíduo, desde que este tenha as suas impressões digitais no sistema.
Impressão digital, identificação dos relevos dermopapilares
Sistema de Cristas:
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(!) Adéltico
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(2) Dextrodelta
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(3) Sinistrodelta
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(4) Polidéltico
Impressão palmar
Impressão das plantas dos pés
Exemplo da base de dados de um sistema AFIS, para pesquisa e comparação de impressões digitais de indivíduos inseridos no sistema vs. vestígios de local de crime